
Ao apresentar um trabalho, projeto ou palestra, o espaço físico é um recurso que varia muito e assusta muita gente. Mas como usar o ambiente a seu favor?
É muito cansativo quando a pessoa que está se apresentando fica limitado a um único espaço no palco, como se estivesse plantado ali. Essas pessoas são comumente taxadas de árvores, como se tivessem raízes presas ao chão. Ao ficar estático, você pode passar insegurança ou até mesmo desconforto.
Existem também aquelas que ao usarem slides se reduzem no palco, ficando ao lado da tela, demonstrando para o seu público que os slides são mais importantes que você. Nós já falamos aqui que o slide deve ser um complemento do que você diz. Como um bom suporte, a projeção não deve te atrapalhar física ou cognitivamente.
Outros, ainda, ficam andando de um lado para o outro como se fosse um leão na jaula. O espaço deve ser usado quando se é necessário, não o tempo todo. Tentar preencher o palco com andanças também demonstra insegurança.
Use o palco como forma de conteúdo
Divida o palco em momentos e ocupe ele com sua informação. Se vai falar algo de maneira cronológica, por exemplo, é interessante que distribua essa informação no palco da sua apresentação. Comece, parado, no canto esquerdo (para o espectador) falando sobre o começo da linha cronológica e de raciocínio. Para cada salto temporal apresentado você anda em direção à direita. Lembrando sempre de estar parado para pontuar o espaço/tempo da história. Ao final do raciocínio você estará no canto direito do palco, dando a sensação de que seu movimento corporal representou o tempo na apresentação.
Dessa forma você consegue ocupar todo o espaço da sua a apresentação e dar sentido a sua presença naquele local. Usando diferentes partes do palco você diz ao público que está confortável lá em cima. Se você estiver em um ponto diferente para cada um desses pontos, os ouvintes irão reter cada um deles de maneira mais confiável.
Aproveite, ao aproximar de diferentes pessoas, as suas expressões faciais e gestos. Um apresentador carrancudo ou sem expressões faciais aparentes durante a fala transmite frieza e não gera empatia com o público. Portanto, usar os movimentos de palco para oferecer nuances e expressões faciais para a plateia pode te ajudar a gerar empatia.
Falar algo que é muito doloroso ou sofrido de uma maneira neutra desvirtua a mensagem que precisa ser transmitida. Procure usar a ênfase e as expressões faciais em sincronia. Isso trará mais veracidade ao que está dizendo que vai mostrar ao seu público que você é sincero. Não há nada mais empático do que ser sincero com aquilo que deseja expressar.