
Depois de participar de uma reunião em que você teve defender um ponto de vista, você já teve a impressão de que as pessoas não sentiram confiança ou credibilidade naquilo que falava?
Se a sua resposta foi sim, talvez você tenha cometido alguns erros comuns enquanto tentava expor suas ideias: falar de braços cruzados, apertar as mãos umas nas outras (como se falar em público fosse algo extremamente doloroso!), fazer gestos repetitivos ou mesmo não se movimentar de forma alguma.
O simples fato de não saber o que fazer com as mãos enquanto fala pode arruinar uma negociação, uma reunião de trabalho ou uma apresentação. A verdade é que a expressão física — ou seja, sua linguagem corporal — é uma parte tão vital ao falar em público quanto suas ideias. Menosprezar a importância dos gestos durante a fala pode ser a diferença entre o fracasso e o sucesso da sua apresentação. Por isso, separamos quatro dicas para usar a linguagem corporal em seu favor:
1)Comece de forma neutra
Para que os gestos sejam eficazes e cumpram a missão de oferecer uma dimensão física ao seu argumento, é preciso utilizá-los nos momentos certos. Em outras palavras, eles devem ser usados com parcimônia e somente para complementar a mensagem que você passa, nunca chamando mais atenção do que a sua fala.
Mãos e braços que se movimentam demais acabam distraindo seu público, então é melhor começar com uma postura mais neutra. Fique de pé e coloque-se em uma posição com os cotovelos levemente flexionados e os braços descansando confortavelmente a sua frente. Comece a falar e leve suas mãos e braços para a ação à medida em que se sentir mais à vontade e perceber a oportunidade de fortalecer o que está dizendo através de um gesto mais amplo.
Por exemplo: se você está dizendo que vai aumentar o faturamento de 20 para 80%, use as mãos para mostrar o movimento de ascensão do faturamento prometido. Assim, você cria as condições necessárias para um gesto natural surgir.
2) Fuja da posição “folha de figueira”
A posição “folha de figueira” tem esse nome porque geralmente aparece quando a pessoa, por timidez ou medo, não sabe o que fazer com as mãos e as posiciona sobrepostas em frente ao corpo, como se fosse a folha de figueira usada por Adão e Eva.
Essa postura deixa as pessoas com os ombros mais caídos, numa posição que inspira pouca confiança, e é considerada um gesto fraco porque é como se você assumisse visualmente que não sabe o que fazer com as mãos. Neste caso, o ideal é prestar a atenção a posição neutra falada na recomendação anterior.
3) Evite cruzar os braços
Como mecanismo de defesa o nosso corpo tende a cruzar os braços na frente do nosso peito. Essa posição, mesmo que inconscientemente, nos deixa mais seguros. O problema de cruzar os braços em uma apresentação é que essa ação é um atestado para o seu público que você não está seguro e ainda por cima se coloca na defensiva.
Como você espera convencer alguém que não vê em você a possibilidade de ouvir o outro? A comunicação eficaz se trata de conectar com quem te ouve. Portanto, nada de cruzar os braços!
4) Use gestos limpos e fortes
É bem verdade que você pode seguir todas as três orientações anteriores e ainda assim continuar errando, já que muitas pessoas não conseguem definir com clareza o melhor momento para começar um gesto associado a uma mensagem e o instante certo de encerrar aquele movimento.
A forma com que você gesticula precisa sempre cristalizar a atenção para a informação contida no seu discurso. Isso significa dar um ponto inicial e final com clareza, para facilitar o entendimento do público sobre o que você está dizendo.
É mais interessante e fácil de assimilar uma apresentação quando o preletor demonstra confiança até na maneira como posiciona as mãos, evitando movimentos muito rápidos e confusos e preferindo marcar os pontos de destaque da fala com uma linguagem corporal que ecoe o que ele ou ela está dizendo.