Grupo Seixas

Os nomes que irão disputar as próximas eleições começam a ser definidos e com eles surgem também as séries de entrevistas e debates com os pré-candidatos. É nessa hora que a gente percebe a importância do Media Training para quem vai expor suas ideias e projetos. É quando observamos se o pré-candidato está ou não preparado para ser confrontado pelos jornalistas.

 

Infelizmente, o que temos visto, é que muitos deles não estão. Com isso, perdem grandes chances de conversar com o grande público e provar que suas propostas são as melhores.

Nós, do Grupo Seixas, somos especializados em preparar executivos, políticos e personalidades para se relacionarem de maneira inteligente com a mídia e com os jornalistas. Realizamos treinamentos com essas pessoas para que elas saibam utilizar o espaço que conquistam na mídia para expor suas ideias e projetos da melhor maneira possível.

Foi pensando nisso e nas eleições que se aproximam que decidimos fazer algo diferente para você eleitor. Nós preparamos um guia, baseado nas técnicas de Media Training, para que você possa observar o seu candidato e ver se ele realmente está preparado para falar com os jornalistas e com você através da mídia.

 

1 – Respostas diretas

Observe se o seu candidato, ao ser indagado sobre um tema ou assunto mais áspero, responde de imediato sobre o que foi perguntado. Quando a pessoa está mentindo, não sabe sobre o assunto ou quer fugir do questionamento, é grande a possibilidade de que ela comece a responder com os chamados “rodeios”.

O ideal é que, independente do tema perguntado, ele responda diretamente ao que foi perguntado e, só depois, entre com outros pontos de vista.

 

2- Provocações

Alguns jornalistas gostam de testar o equilíbrio emocional de seus entrevistados colocando perguntas de maneira mais incisiva para medir o quanto ele cai em provocações. Se o entrevistado reage de maneira intempestiva e desequilibrada vai transparecer nervosismo, ansiedade e isso pode prejudicar a credibilidade daquilo ele está falando.

Quando se identifica que está em frente a um entrevistador que gosta do estilo “boxeador” o melhor a fazer é manter a serenidade e não cair em provocações. Uma reação explosiva só prejudica o entrevistado.

O que sempre recomendamos nos nossos treinamentos é transmitir segurança e tranquilidade ao responder a perguntas, mesmo que elas sejam ásperas. O público vai perceber que você está preparado na medida em que responde a qualquer questionamento sem demonstrar desequilíbrio.

 

3-  Usa o tom certo

38% da credibilidade do que você diz tem a ver com o tom de voz que você utiliza. No caso dos políticos, se ele altera o tom de voz ou usa um tom muito baixo para defender uma ideia é forte, isso pode transparecer falsidade.

O ideal é que o tom de voz tenha variações seguindo o grau de importância da informação que ele quer passar, ou seja, nos pontos que são mais importantes e que o público precisa entender, o tom de voz deve acompanhar e servir como um marca texto para enfatizar aquela mensagem.

O que eu já percebi em alguns candidatos é que eles adotam um mono tom, ou seja, um tom único que transmite um comodismo. Ninguém gosta de pessoas monótonas. Qual credibilidade esse tipo de tom gera? Pense nisso!

 

4- Ele usa os gestos

O seu candidato usa gestos para completar a mensagem que ele está falando? O simples fato dos gestos acompanharem o que está sendo dito é sinal de credibilidade e segurança. Em alguns casos, isso também transmite veracidade.

Se o seu candidato costuma ficar estático, tem poucos movimentos ou fica em uma posição de estagnação, provavelmente suas ideias seguem esse mesmo formato.

 

5- Pra onde ele olha

O olhar é muito importante e diz muito sobre a pessoa. Inclusive, já abordamos esse assunto no artigo Olhe para o lugar certo em apresentações! Geralmente, entrevistados que ficam mais preocupados em olhar para as câmeras do que para o entrevistador transmitem falsidade.

Observe se o seu candidato está preocupado em aparecer bem “na fita” ou em focar o seu olhar para quem está fazendo a pergunta. A câmera em uma entrevista tem a função de ser o olhar de um observador, portanto, o entrevistado deve direcionar a sua atenção a quem está fazendo a pergunta e não para as câmeras.

 

6- Que visual está sendo transmitido

O seu candidato se preocupou em transmitir credibilidade através de sua imagem pessoal durante a entrevista? Para muitos isso pode parecer uma grande bobagem, mas ela é fundamental para criar uma boa primeira impressão.

Quando esse detalhe passa despercebido pelo entrevistado, sua mensagem principal pode ficar comprometida. Ele estava adequadamente vestido para o ambiente daquela entrevista ou debate? Suas roupas correspondiam a credibilidade que ele queria gerar com suas ideias?

Observe se há um alinhamento entre a imagem que está sendo transmitida e as ideias que estão sendo passadas.

 

7- Ele é preciso

Eu costumo dizer que para gerar credibilidade é preciso estabelecer um tripé fundamental: objetividade, segurança e precisão. Se o seu candidato não é preciso nas informações que está passando, então, é melhor mudar o seu voto.

Durante uma entrevista, podemos medir esse grau de precisão quando, por exemplo, ele está falando de um assunto macro e traz detalhes e informações que dão mais precisão ao projeto que defende.

Digamos que, o seu candidato defende uma reforma tributária, mas sua argumentação não esmiúça como ele pretende fazer isso. Então isso é um indício de que mesmo argumentando ele não está gerando credibilidade.

O ideal seria defender o ponto de vista macro, no caso, defender uma nova reforma tributária e, em seguida, detalhar em sua resposta como efetivamente pretende colocar isso em prática, quanto tempo vai levar para conquistar isso, quem será afetado por essas medidas e como isso pode beneficiar o país frente ao cenário atual.

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